Clube de Mães era formado por mulheres que realizavam reuniões nas paróquias católicas na capital paulista nos anos 70, buscando soluções para problemas sociais.
Em 1973 surgiu, entre os clubes de mães, o Movimento do Custo de Vida, conhecido pelo caráter de mobilização contra a ditadura. Em 1978 fizeram uma assembléia, contando com a presença de cerca de 20 mil pessoas para a entrega simbólica do abaixo-assinado que elas elaboraram 1,3 assinaturas.
Contavam com o apoio da Igreja Católica, de outros setores da sociedade de políticos da oposição.
Em plena ditadura militar, o Movimento do Custo de Vida enfrentou a repressão na Praça da Sé, contestando o regime militar. Foi enviada uma carta ao presidente, pedindo uma estabilização dos preços dos alimentos:
“Somos mães de família em desespero e, mais do que ninguém, sentimos os preços altos dos alimentos...”
Posteriormente, membros do movimento foram à Brasília entregar a carta ao presidente, mas o esquema de segurança os impediu de entrar no Palácio do Planalto.
Essa iniciativa ganhou reconhecimento público, a atenção de outras lideranças políticas e, em 1979, passou a chamar-se Movimento Contra a Carestia.
12 de março de 1978. Assembleia popular de 7 mil cria em S. Paulo o Movimento do Custo de Vida (mais tarde Movimento Contra a Carestia). A inflação do ano chega à casa dos 40%.
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