O movimento religioso teve um
importante papel contra a ditadura. Na década de 70, podemos dizer que a
primeira iniciativa em fazer um grande protesto foi deles.
O motivo? Em outubro de 1975, o jornalista
Vladimir Herzog (Figura 1), Diretor de Telejornalismo da TV Cultura em São Paulo, foi
assassinado durante um interrogatório (figura 2), após uma série de torturas. A primeira
notícia foi que o mesmo havia se suicidado, contudo, o corpo deveria ser
enterrado em um caixão lacrado. Essa recomendação era passada para que as
pessoas não vissem os ferimentos causados pelos torturadores.
No ano seguinte, mais uma vítima foi feita pela ditadura, Manoel Filho (figuras 3 e 4) que era operário, teve o mesmo destino de Herzog.
Por estes motivos, D. Paulo Evaristo - Cardeal de São Paulo - organizou juntamente com o Pastor James Wright e o Rabino Henri Sobel um culto religioso ecumênico em frente a Catedral da Sé. Milhares de pessoas compareceram ao ato, registrando a primeira manifestação desde 1968 (figuras 5 e 6).
Geisel reconheceu o crime (indiretamente), não prendeu ninguém, mas o comandante do II Exercito - local onde Herzog foi morto - foi exonerado.
|
Figura 1 - Vladimir Herzog |
|
Figura 2 - Morte de Vladimir Herzog |
|
Figura 3 - Manoel Filho |
|
Figura 4 |
|
Figura 5 - Catedral da Santa Sé |
|
Figura 6 - Catedral da Sé |